o trabalho escravo na indústria da moda
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The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.
Trabalho escravo é descrito na Convenção n.º 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) como “qualquer trabalho ou serviço que seja exigido de um indivíduo sob a ameaça de penalidades, no qual a pessoa não tenha se oferecido voluntariamente”.
No luxuoso mundo da moda, por trás das passarelas reluzentes e das vitrines brilhantes, há uma realidade sombria que muitos preferem ignorar: o trabalho análogo à escravidão. Enquanto os holofotes se concentram nos desfiles de moda e nas últimas tendências, milhares de trabalhadores ao redor do mundo enfrentam condições desumanas em fábricas e oficinas de costura.
A confecção é um dos elos mais vulneráveis no setor da moda. Muitos trabalhadores nesse campo são imigrantes com documentação irregular, e enfrentam violações por temerem serem reportados. Nessa indústria, em que a pressão por produção rápida e barata é constante, os direitos trabalhistas muitas vezes são negligenciados em prol do lucro.
O modelo fast fashion contribui para o crescimento do trabalho análogo à escravidão no mundo da moda, além de dificultar a erradicação dessa prática na indústria. Além disso, a terceirização e a quarteirização impedem a transparência do setor.
Relatórios de organizações de direitos humanos e investigações jornalísticas têm exposto casos alarmantes. Em locais clandestinos e fábricas ocultas, as pessoas são obrigadas a trabalhar em condições difíceis, privadas de direitos básicos e de uma compensação justa pelo seu trabalho.
Por conta do crescimento de polêmicas e notícias sendo espalhadas sobre essas condições de trabalho arcaicas, diversas marcas de moda têm sido alvo de críticas por falta de posicionamento e responsabilidade na cadeia de fornecimento. Embora algumas empresas tenham adotado políticas, os abusos persistem em muitas partes do mundo, alimentados pela demanda insaciável e pela busca incansável por lucros.
Enquanto a indústria da moda continua a prosperar, é crucial lembrarmos daqueles que garantem o funcionamento da indústria da moda por trás de sua aparência. O preço real da indústria não pode ser calculado apenas por meio de tendências, mas também em termos de dignidade humana e equidade social.
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O artigo acima foi editado por Maria Cecília Dallal.
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